sábado, 25 de fevereiro de 2012

Nenzim constrói ‘elefante branco educacional’ com firma suspeita em Barra do Corda


Complexo Educacional Manoel Mariano de Sousa não terá quadra poliesportiva coberta por falta de espaço
O prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa, o Nenzim (PV), só deve estar de brincadeira e deboche com o contribuinte maranhense.
Tapera funciona de escola no Povoado Olho D'Água em Barra do Corda
Acusado pela Polícia Federal de desviar junto com a família cerca de R$ 50 milhões – teve de se foragir para não ser preso – está construindo uma escola na cidade que leva seu nome ao preço astrônomico de R$ 8,419 milhões.
Só para se ter uma ideia: o Liceu Ribamarense, em São José de Ribamar, escola em tempo integral e referência no estado, custou R$ 2,5 milhões.
O Complexo Educacional Manoel Mariano de Sousa, no bairro Trizidela, custará mais de três vezes que o Liceu. Terá quatro andares, dois elevadores e cerca de 70 salas de aulas.
Por ficar espremido entre várias residências não terá quadra poliesportiva coberta. A previsão é que tenha por turno 3.600 alunos. A cidade tem cerca de 22 estudantes na rede municipal. É um verdadeiro “elefante branco”.
Da Secretaria de Educação do Estado, o complexo já foi classificado de “insensatez pedagógica” devido a sua difícil administração.
De quase toda a cidade se vê o “monstrengo educacional” que está com 50% dos serviços concluídos. Difícilmente será entregue este ano, como previsto. Segundo educadores, seria mais prudente a construção de várias escolas em locais diferentes do município.
O engraçado é que até hoje a prefeitura não explicou se vai ou não construir a escola, no povoado Olha d’Água, onde uma tapera serve de colégio para crianças da localidade (reveja).
O contrato da Prefeitura de Barra do Corda com uma tal Construtora Prediolar Locação de Veículos e Máquinas foi celebrado ainda em 2009, mas só publicado no Diário Oficial do último dia 15, o que já levanta uma série de suspeitas. A Prediolar já caiu na malha fina da CGU por conta de obras em Afonso Cunha. A acusação foi de inconsistência de seu endereço em 2008. Hoje a empresa estaria estabelecida no bairro do Cohatrac, em São Luís.
No endereço onde deveria funcionar a sede da Prediolar, a CGU encontrou muito mato, segundo relatório
“Na av. Janguará, n.º 6.000, Bairro São José dos Índios – São José dos Ribamar/MA, não foi encontrada a Construtora Prediolar Locação de Veículos e Máquinas Ltda. Essa avenida situa-se em uma região cercada por muito mato, onde se avista algumas chácaras e poucas residências. A impressão que se tem é que se está em meio a uma floresta, longe de tudo”, diz a CGU (veja a íntegra do relatório).
E completa: “Tendo em vista que a Construtora Prediolar Ltda não foi localizada no endereço de seu cadastro, realizou-se diligência ao domicílio do proprietário da empresa, o senhor José Orlando Rodrigues Aquino. Sua residência é localizada em uma região muito humilde e pouco habitada, situada na Vila Gaspar do Município de Paço do Lumiar/MA, muito próximo ao suposto endereço de sua construtora. Ao contrário de sua vizinhança, a residência do proprietário da Prediolar é bastante ampla: possui área para festa com jardins , piscina e churrasqueira, uma verdadeira mansão em meio à casas de aparência muito simples.”
Já um dos donos mora numa verdadeira mansão, segundo relatório da CGU

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