sábado, 23 de junho de 2012

Consumidores devem ficar de olho no combustível adulterado


SÃO LUÍS - O combustível adulterado pode ser um pesadelo para quem tem carro, moto ou outro veículo automotor, pois os danos que ele causa ao motor quase sempre provocam prejuízos. Um dos cuidados é observar as características do posto para evitar o abastecimento em estabelecimentos que vendem combustíveis adulterados.
Além disso, toda vez que for abastecer o veículo, é importante pedir o comprovante de pagamento, pois caso o consumidor tenha problemas futuros com a baixa qualidade do combustível, será possível denunciar o posto aos órgãos que o defendem.
Uma das principais dicas é sempre abastecer no mesmo local e desconfiar de estabelecimentos que ofereçam combustível a preços muito abaixo da média da região.
Teste de qualidade
O consumidor também pode solicitar, gratuitamente, a qualquer momento, o teste de qualidade para verificar se há excesso de álcool na gasolina. É um direito. Se o teste for negado, o consumidor deve procurar outro posto e denunciar o estabelecimento que se negou a fazer o teste à Agência Nacional do Petróleo (ANP), pelo telefone 0800 970 0267.
Para saber como funciona o teste, no próprio estabelecimento as regras devem ser apresentadas e esclarecidas. Para o etanol, por exemplo, é utilizado um corante a fim de identificar a adulteração. É acrescentada uma tintura laranja ao álcool anidro. Assim, se a bomba do posto apresentar combustível de cor, o produto é uma mistura irregular.
Etanol
No Brasil, há dois tipos de álcool: o anidro e o hidratado. O primeiro é utilizado para compor a gasolina e é isento de impostos. Se não bastasse ser mais barato que o álcool hidratado, os adulteradores ainda adicionam água ao álcool anidro e vendem como hidratado. Essa prática é o que se chama de álcool molhado.
O hidratado é o combustível propriamente e leva até 7% de água pura em sua composição. A água utilizada na adulteração vem da torneira e conta com cloro, prejudicial ao funcionamento do motor.
Bandeiras
Postos da marca só podem vender combustíveis fornecidos pelo distribuidor detentor da mesma bandeira comercial exibida. Já em casos em que não houver uma marca comercial, cada bomba devera exibir o fornecedor do respectivo combustível.
Os postos também devem exibir as informações de preços em painéis de forma adequada e que permita a fácil visualização a distância, tanto de dia quanto de noite.
Convém verificar também se o posto tem lacres eletrônicos instalados nos bocais dos reservatórios de combustíveis. Qualquer consumidor pode denunciar à ANP um estabelecimento que apresentar alguma irregularidade.
É importante também que os consumidores fiquem atentos aos postos clonados, que geralmente usam cores, símbolos e denominações semelhantes aos das grandes redes distribuidoras, para atrair os mais distraídos.
Dicas
1. Seja fiel - Abasteça sempre no mesmo posto;
2. Barato que sai caro - Desconfie de postos que oferecem combustível a preços muito abaixo da média da região;
3. Segurança - Exija sempre o comprovante de pagamento (nota fiscal). Ele é importante, caso haja problema e seja necessário reclamar;
4. Sem bandeira - Se não houver marca comercial, cada bomba abastecedora deverá identificar o fornecedor do combustível;
5. Preço - O posto é obrigado a informar os preços dos combustíveis em painel de forma adequada e de modo a permitir a fácil visualização a distância tanto de dia quanto à noite;
6. Combustível testado - O teste de qualidade, conhecido como teste da "proveta", é obrigatório e verifica o excesso de álcool na gasolina. Se o posto negar a realização do teste, o mais adequado é escolher outro posto e denunciar aos órgãos de defesa do consumidor e à ANP, pelo telefone 0800 970 0267;
7. Postos clonados - Essa irregularidade é possível perceber quando postos sem bandeira imitam marcas conhecidas, utilizando cores, símbolos e denominações semelhantes aos de grandes distribuidores. Porém, os combustíveis vendidos nesses postos não têm procedência segura.
8. De olho na bomba - É importante sair do veículo para acompanhar o abastecimento, verificando se a bomba parte do zero tanto no valor como no volume.
9. A prova do mecânico - Caso o veículo apresente problemas em função do combustível adulterado, procure logo um mecânico. Se for constatado que o problema é decorrente de combustível adulterado, solicite ao mecânico um laudo atestando o fato e um orçamento para apresentar junto com a reclamação.

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