Imóvel onde Cachoeira foi preso pertenceu ao governador de Goiás, Marconi Perillo.
Alexandre Milhomen, arquiteto da mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, disse nesta terça-feira em depoimento à CPI que ela gastou cerca de R$ 500 mil na decoração da casa em que morava com o bicheiro. A venda do imóvel, que pertencia ao governador de Goiás, Marconi Perillo, vem sendo questionado por parlamentares da comissão porque há suspeita de que, na verdade, o negócio foi feito com Carlos Cachoeira e isso provaria o elo dele com o tucano.
“Foi mais de 500 mil (reais). Cada um investe no que pode”, respondeu o arquiteto ao ser questionado na CPI. Segundo ele, o investimento não foi estrutural, apenas de decoração. “Foi feita uma pintura externa, mudança no jardim, no papel de parede, compra de móveis”.
Milhomen disse que não sabia que a casa em que fez um projeto de decoração interna tinha pertencido a Perillo e afirmou que foi contratado por Andressa para fazer inicialmente um projeto de decoração de uma casa para o casal. Mas, depois, segundo o arquiteto, o casal desistiu de tocar a construção da casa. Ele disse que já tinha até feito projetos arquitetônico e recebido cinco parcelas de R$ 10 mil pelo serviço. Foi aí que Andressa pediu-lhe para fazer um projeto de decoração provisória de uma outra casa, a de Perillo.
"Nem considero reforma, no termo arquitetonicamente falando, porque eu apenas fiz uma decoração interna", afirmou. Segundo ele, a casa estava vazia, tendo apenas armários planejados. Ele disse ter trabalhado em vários serviços, como pintura externa, modificação de jardim, papel de parede e uma peça de iluminação.
Único dos três depoentes desta terça-feira que resolveu falar, Milhomen disse que é um pai de família. "Sou um sobrevivente do Brasil porque eu vim do Nordeste com 14 anos e sou um trabalhador", afirmou ele, que no início do depoimento declarou que não via motivo da sua participação na CPI.
O depoimento de Milhomen também se transformou numa discussão entre deputados e senadores sobre o suposto direcionamento das investigações da CPI pelo relator, deputado Odair Cunha (PT-MG). Os tucanos o acusam de estar atuando para desgastar Perillo.
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