segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Renovação da Câmara tende a ser recorde em 2014

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As eleições para a Câmara dos Deputados, objeto de desejo dos partidos políticos, devem ser das mais concorridas e com um índice de renovação superior à média histórica, pelas razões a seguir.

Em primeiro lugar, porque os partidos, interessados nos recursos do fundo partidário e na ampliação da propaganda eleitoral gratuita, ambos calculados com base no desempenho para a Câmara, têm priorizado o recrutamento de quadros e lideranças com o objetivo de aumentar suas bancadas de deputados federais.
Em segundo lugar, porque as manifestações de junho e julho de 2013 demonstraram a insatisfação com a atual representação política, especialmente com a Câmara, cuja imagem está muito negativa, tanto pelos escândalos de corrupção, quanto pela absolvição do deputado presidiário Natan Donadon (ex-PMDB-RO), além do fraco desempenho no atendimento da agenda que motivou os protestos.
Em terceiro lugar, porque muitos dos atuais parlamentares devem desistir da tentativa de reeleição, seja pela desilusão com o Parlamento, seja pelos elevados custos de campanha, de imagem e desgastes no exercício do mandato.
A média de desistência, nas últimas seis eleições (1990 a 2010), ficou em torno de 19%, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Isso significa que, dos 513 deputados, 97, em média, desistiram da reeleição, seja por desencanto com o Parlamento, por simples inviabilidade de renovação do mandato, seja para concorrer a outros cargos.
Em quarto lugar porque o índice de renovação está sempre associado ao ambiente político. Quando o ambiente é de crise, com escândalos, como o atual, a renovação aumenta. Quando o ambiente é de relativa estabilidade, o desejo de mudança diminui.  A seguir uma tabela com o histórico de reeleição nas últimas seis eleições para a Câmara dos Deputados.
Do site Congresso em foco.

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