Após a divulgação ontem (24) da lista de inelegíveis do Tribunal de Contas da União (TCU), onde consta o nome do Presidente do Partido, Raimundo Monteiro, em dois processos já julgados pela Corte de Contas, a situação piorou e tornou-se mais desconfortável para a direção da sigla.
Monteiro, que havia sido indicado pelo partido para compor como 1º suplente na chapa ao Senado encabeçada pelo pré-candidato Gastão Vieira (PMDB), viu em “xeque” sua sobrevivência política após ser declarado inelegível.
De acordo com informações apuradas pelo blog, após intensas reuniões no Cohajap, Monteiro ainda insiste em ser candidato e, para isso, tratou de “disparar” telefonemas para a imprensa para negar sua inelegibilidade. Além disto, passou a “panfletar” aos amigos e aliados mais próximos uma decisão em caráter liminar obtida junto ao Tribunal Regional Federal em Brasília, que suspende os efeitos do julgamento de dois processos em que o petista fora condenado no TCU.
A liminar foi obtida após o juiz federal Nelson Loureiro dos Santos indeferir igual pedido, no mês de março, na Justiça Federal em São Luís. Veja:
Mesmo com a decisão, a liminar só suspende temporariamente os efeitos de duas condenações (Tomadas de Conta Especial) até o julgamento definitivo mérito. Em casos semelhantes, embora haja uma reanálise da condenação, juristas consultados pelo blog informaram que raramente a Justiça diverge do TCU.
A dois dias da convenção que homologará os candidatos, o abalo na cúpula peemedebista foi geral, pois terá que rediscutir às pressas a participação ou não de Monteiro, afinal, permanecendo como 1º suplente ao Senado, a chapa inteira iniciaria a campanha sub-judice, o que exporia a todos pela presença de um “ficha-suja”.
Além disto, em uma eventual eleição de Gastão Vieira ao Senado, a Justiça Federal confirmando a inelegibilidade de Monteiro, toda a chapa do Senado estaria prejudicada; e Gastão, mesmo eleito, não seria empossado, pois a justiça eleitoral considera a chapa como um todo. O que seria o velho “ganhou, mas não levou”.
O assunto é tratado com discrição, mas adversários já admitem que tão logo o petista seja apresentado como candidato, irão entrar com ação na justiça para lhe declarar “ficha-suja” e assim prejudicarem Gastão.
Membros da direção do PT (e até do PMDB) afirmam que não é desnecessário mais um desgaste para o partido na sociedade e que, com muito jeito para não melindrar, orientarão seu presidente a declinar da candidatura.
E com este “meio de campo” tumultuado, e ainda sem a confirmação de José Antônio Heluy como candidato a vice-governador, o PT e o PMDB parecem ter sérios problemas para resolver.
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