A construtora Petra, de propriedade do empresário Lourival Parente, já conhecida na praça como péssima pagadora, aplicou um calote de R$ 80 mil na empresa terceirizada GM Segurança, que ficou, durante sete meses, responsável pela vigilância da obra do Hospital Central de Emergência, iniciada pelo ex-prefeito de São Luís, João Castelo, nas imediações do Altos do Calhau. Por conta disso, pais de família ficaram sem receber os seus salários por seis meses, apesar da empreiteira ter recebido R$ 2 milhões da Prefeitura no final do ano passado.
A empresa terceirizada prestou os serviços para a Petra de setembro de 2012 a abril deste ano e só recebeu pelo primeiro mês. A construtora já é velha conhecida da população maranhense pelo escândalo das “estradas fantasmas” no Maranhão, portanto o currículo negativo dispensa comentários.
A denúncia foi feita ao blog por 12 agentes de segurança, que trabalharam na obra durante sete meses e só receberam seus salários de setembro. Os trabalhadores disseram que já estiveram reunidos com representantes da Petra, que prometeram o pagamento dos seis meses atrasados para maio e até hoje nada. Nenhum tostão furado.
Fontes seguras garantiram aos trabalhadores que a Petra recebeu, no final do ano passado, R$ 2 milhões da administração João Castelo, referente à primeira etapa da obra do hospital, e não repassou nenhum centavo à empresa terceirizada. Além da GM Segurança, a Petra ficou devendo ainda a terceirizada que fornecia a àgua para a obra (Transágua) e outra empresa que realizava a topografia da obra do hospital.
Prejuízo – Sem receber o pagamento pelos serviços prestados, a GM Segurança teve que arcar com os encargos sociais, como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), rescisão e Previdência. A empresa promete levar a Petra às barras da Justiça.
O curioso é que a Petra está aplicando um golpe de R$ 80 mil, enquanto esbanja maquinário potente e moderno, avaliado em milhões e milhões. Seu proprietário, Lourival Parente, é multiempresário e tem coragem de deixar pais de família a ver navios, sem receber seus justos salários.
O que são R$ 80 mil para uma construtora que tem o patrimônio da Petra? Por que um empresário, como Lourival Parente, embolsa milhões por uma obra e não tem a coragem de repassar valores do contrato que pagariam os salários de humildes trabalhadores? Por que tanta maldade? Ficam os questionamentos para a reflexão.
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