terça-feira, 27 de novembro de 2012

Para a alegria não durar pouco, é melhor cautela para não chorar depois


De tudo que mostra a pesquisa Amostragem, não se pode deixar também de levar em conta o fator Luis Fernando.
De tudo que mostra a pesquisa Amostragem, não se pode deixar também de levar em conta o fator Luis Fernando.
Pesquisa de intenção de votos faltando quase dois anos para a eleição é como a piada contada por um esperto que pegou dinheiro do rei prometendo fazer o burro falar após dez anos.
Na cabeça do esperto, em dez anos, o burro (ou ele próprio) já terá morrido e o dinheiro do rei, já era.
Mas como pesquisa, bem feita ou não, com intenções escusas ou não, sempre mostra uma tendência, por se tratar de algo feito com mínimo de critério metodológico, apesar de ter um pouco da história do vendedor de risos do burro, tem também muito a dizer sobre o que pensa o eleitorado.
E nessa última, do Instituto Amostragem, divulgada pelo Jornal Pequeno, mesmo que o burro ou o vendedor estejam vivos em dois anos, provavelmente muita gente deverá sorrir primeiro do que os dois.
Então, vamos lá.
Primeiro, não é surpresa para ninguém Flávio Dino aparecer no alto do pódio. O comunista, através de seus aliados, contratador da pesquisa, é o único candidato a governador desde a última eleição quando perdeu logo no primeiro turno para a governadora Roseana Sarney.
Isso sem falar do fato dele ser o único a ter feito campanha aberta para 2014 no Maranhão inteiro, falando de seu projeto e aparecendo em cartazes ao lado de candidatos aliados. No grupo Sarney, ao contrário, a indefinição é cantada e decantada todo dia. Ora é Luis Fernando, ora é Lobão.
Flávio Dino deve ter muito cuidado para não se empolgar tanto com os números da Amostragem, pois, a pesquisa feita por ele próprio mostra que, embora o grupo Sarney não tenha definindo um candidato, seus nomes postos mostram-se com evidente consolidação.
Edison Lobão com 31,92%; João Alberto, com 23,31%; Luis Fernando, com 20,15% e até Gastão Vieira (PMDB), com 16,23% é uma prova da força do Grupo Sarney que tem à disposição vários nomes, ao contrário de Flávio Dino, que é candidato único.
Qualquer que seja o nome escolhido pelo governo, todos os outros transferirão uma parte do seu percentual para o escolhido, isso para não falar da força eleitoral da própria governadora Roseana Sarney.
Mas de tudo que mostra a pesquisa, não se pode deixar também de levar em conta o fator Luis Fernando.
Em outra pesquisa feita pelo PCdoB, há quase um ano, o chefe da Casa Civil aparecia com pouco mais de 15%. Agora, parece com mais de 20%, enquanto o comunista continua com os mesmos 62%.
Ou seja, enquanto Dino mostra que não tem mais para onde crescer, mesmo com a campanha intensa e declarada em torno de seu nome no Maranhão inteiro, Luis Fernando aparece crescendo de forma sólida e surpreendente.
E é surpresa exatamente por ser uma possibilidade dentro de um grupo que tem mais de dois nomes, e, sobretudo, por não ter o mesmo lastro eleitoral de Lobão no Estado, mesmo assim, na espontânea, é lembrado por 1,62%, enquanto o ministro-senador e ex-governador é preferido por um percentual menor do eleitorado, 1,38%.
Portanto, não custa nada guardar alegria de enganar o rei agora para não chorar, de novo, depois.

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