É nitroglicerina pura a denúncia sobre o escândalo de corrupção na Câmara Municipal de São Luís. a ex-gerente Raimunda Célia foi afastada do Banco do Bradesco da Rua da Paz, em São Luís.
Agora o escândalo veio à tona novamente, só que de forma distorcida. O presidente em exercício do Legislativo, vereador Astro de Ogum (PMN), durante a sessão ordinária de ontem, dia 27, fez uma denúncia de que estar recebendo ameaças por telefone, bem como o presidente Isaías Pereirinha (PSL) e alguns diretores da Casa.
Astro de Ogum disse que “essas ameaças são com o intuito de exigir pagamento de quem não trabalha. Eles não nos intimidam”. O vereador tentou passar a imagem de que as ameaças estariam partindo de “funcionários” que só recebiam, sem trabalhar. O que não é verdade.
O Blog do Luis Pablo, que segue a linha do jornalismo investigativo, descobriu que as ameaças aos vereadores e alguns diretores da Casa, teriam partido de agiotas, que estão cobrando uma fatura alta.
Esses agiotas estão envolvidos no esquema corrupto que aconteceu dentro do Banco Bradesco e que era comandado pela ex-gerente Raimunda Célia, que se mudou do Estado Maranhão depois de ter sido demitida da agência.
O esquema acontecia da seguinte forma: os agiotas passavam o dinheiro para Raimunda Célia, que emprestava à juros abusivos aos parlamentares e como garantia eram entregues cheques dos vereadores ou até mesmo da própria Câmara Municipal.
Depois que o escândalo estourou e que Raimunda Célia foi demitida da agência, os vereadores mandaram cancelar todos os cheques que estão em posse dos agiotas.
Por conta disso, os agiotas estariam ameaçando os vereadores, inclusive, a entregar os cheques à imprensa, se caso eles não pagarem a divida.
Tem agiota envolvido na história que já foi preso duas vezes pela Polícia Federal. Mais recente na Operação Cheque em Branco, em que a PF realizou mandados de “prisão coercitiva” de ex-prefeitos maranhenses.
O escândalo na Câmara de Vereadores de São Luis é caso de polícia e precisa ser investigado pela Seic (Superintendência de Investigações Criminais) e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) do Ministério Público do Maranhão.
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