Ele foi convidado a palestrar no lançamento da Campanha Liquida São
Luís, uma parceria da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), instituições
bancárias como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e o Banco do
Nordeste que anunciam linhas de crédito especiais para o período de fim
de ano.
Durante a palestra “Economia Brasileira, Momento Atual e Perspectivas
para o Comércio”, Ciro Gomes criticou a Petrobras e disse que a estatal
não vai construir as refinarias Premium I, em Bacabeira, no Maranhão, e
a Premium II, em Fortaleza, no Ceará. E ainda, que a empresa não tem
recursos para dar seguimento ao projeto, e nem tão pouco pretende
aceitar parceria com empresas internacionais, que teriam como arcar com
as despesas.
Ciro foi contundente quando disse que nos dois terrenos reservados à
construção não há nada. Mas acredita que no próximo ano, em 2014, ano
eleitoreiro deva-se perceber alguma movimentação.
E relembra que as refinarias Premiuns I e II foram lançadas em 2010,
às vésperas das eleições para governadores e presidente da República. Na
época, o ex-presidente Lula garantiu que ambas as refinarias estariam
prontas em 2014, apesar de todos os estudos técnicos indicarem que
seriam necessários no mínimo sete anos para as obras de construção.
A opinião de Ciro não muda a agenda da Petrobrás no Maranhão. A
empresa mantém a data de realização de audiências públicas para os dias
26 e 27, em Bacabeira, e dia 29, em São Luís para falar sobre outras
etapas da construção da refinaria Premium I.
O certo é que as obras da Refinaria de Bacabeira estão paralisadas há
mais de um ano, depois de concluídos em julho de 2012 os serviços de
terraplenagem.
Entre outros assuntos tratados Ciro Gomes fez críticas duras ao
modelo econômico nacional, que estaria desindustrializando o Brasil para
favorecer os fornecedores estrangeiros, mesmo reconhecendo as
conquistas do governo nos últimos dez anos.
Ele citou o exemplo da agropecuária, que depende de 46% de
importações, ou seja, “o maior produtor de alimentos do Mundo não
consegue fabricar implementos agrícolas, máquinas e até mesmo
fertilizantes”. No setor de saúde, o índice é ainda maior, mas com um
pouco de boa vontade o Brasil poderia ter fábricas de equipamentos
hospitalares, medicamentos, próteses etc.
Por conta disto, afirmou, a balança comercial é cada vez mais
negativa, e o mais grave: o Brasil está com déficit também em consumo de
turistas, royalties e outros segmentos que são pouco explorados pelos
veículos de comunicação.
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