Divulgação / Gazeta Esportiva
MEDELLÍN (COLÔMBIA) - O gol de Antônio Carlos aos 45 minutos do segundo
tempo do jogo de ida com o Atlético Nacional foi o da classificação do
São Paulo para a semifinal da Copa Sul-americana. Nesta quarta-feira, no
reencontro entre as duas equipes, desta vez em Medellín, o placar não
saiu do 0 a 0. Um empate suficiente para dar a vaga ao time brasileiro,
que havia saído vitorioso por 3 a 2 do Morumbi, na semana passada.
O
adversário na próxima fase será conhecido nesta quinta-feira. Pelo lado
da chave, seria Libertad (Paraguai) ou Itagui (Colômbia). Ocorre que,
se passar pelo Vélez Sarfield (Argentina), a Ponte Preta é quem
enfrentará o São Paulo, pois o regulamento força o não enfrentamento de
equipes do mesmo país na decisão.
Nesta
quarta-feira, obrigado a vencer, o Nacional foi quem tomou a iniciativa
em todo o primeiro tempo. O problema é que a retaguarda brasileira
estava bem postada, obrigando a equipe da casa a insistir pelos lados do
campo. Quando a bola era alçada à área, geralmente ela acabava nos
braços de Rogério Ceni, que também não foi muito exigido.
As
defesas do goleiro foram fáceis, em cabeceios de Duque e Uribe. Ele foi
quase surpreendido apenas em falhas da própria zaga. A primeira, quando
Rodrigo Caio tentou fazer o corte pela linha de fundo, mas a bola
resvalou nele e quase entrou. Depois, foi a vez de Maicon tentar chutar
bola para o alto e quase mandar contra a própria meta.
A
tática inicial do São Paulo, que atuava quase o tempo todo atrás da
linha do meio-campo, foi se fechar bem à espera de uma bola certeira,
que acabou não aparecendo antes do intervalo. Muito porque Jadson,
substituto de Paulo Henrique Ganso (suspenso de dois jogos pela
Conmebol) mais uma vez, pegou pouco na bola, assim como os atacantes
Luis Fabiano e Aloísio, por consequência.
Quem
pegou bastante na bola - e mostrou habilidade - foi Cárdenas. O camisa 7
do Nacional foi o principal armador do seu time e, diante da
dificuldade de infiltração na zaga são-paulina, resolveu se arriscar
individualmente algumas vezes. Na melhor delas, aos 29 minutos, limpou
um marcador na ponta direita e bateu de esquerda, à direita do gol de
Rogério Ceni.
Três minutos mais tarde, Duque
desperdiçou uma chance rara de liberdade dentro da área. Um cruzamento
vindo da direita encontrou o atacante sem marcação, na marca penal, e
ele chutou de primeira, por cima do gol. Uma jogada parecida com a que
Aloísio teve aos 40 minutos. A diferença é que o são-paulino furou e não
acertou a bola como pretendia.
No segundo em vez
de apenas alçar bolas para a área, o Nacional passou também a
experimentar de longa distância. Medina, duas vezes, obrigou Rogério
Ceni a se virar. No segundo arremate, o goleiro defendeu de manchete e
até deu um passe para trás por conta da força da bola. Na sequência,
veio um novo cruzamento, e um voleio de Duque quicou a bola no chão
antes de sair perigosamente.
Diante da inoperância
ofensiva, Muricy mexeu para deixar o São Paulo mais consistente para
contragolpear. Com menos de 15 minutos, o treinador já havia sacado Luis
Fabiano e Jadson para colocar o velocista Ademilson e o marcador
Wellington. Uma ideia coerente em função da vantagem do empate, mas que
chamou ainda mais o Nacional para o campo de ataque.
Nada
que tenha resultado em maior perigo para Rogério Ceni. O Nacional
continuou insistindo em bolas áereas e nos arremates de Medina de longa
distância. Insistência que deu sufoco, mas valorizou a bem postada
defesa do São Paulo. Defesa de Antônio Carlos, agora confirmadamente
herói da classificação pelos gols marcados no primeiro confronto.
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