domingo, 16 de fevereiro de 2014

Casuísmo! Presidente da Assembleia do Maranhão só quer legislar sobre eleição indireta se Roseana renunciar

Deputado Arnaldo Melo  Foto:louremar.com.br
Os deputados estaduais do Maranhão aprovaram, na semana que terminou, o projeto de lei que dispõe sobre a eleição para governador e vice-governador do Estado do Maranhão, no caso de vacância dos dois cargos nos últimos dois anos de mandato.
Fizeram o dever de casa.
Faltou a regulamentação da tal eleição que deve ser realizada na Assembléia Legislativa. Apenas os deputados estaduais votarão.

Coube ao presidente da Assembleia, deputado Arnaldo Melo, protagonizar mais um episódio de subserviência ao Poder Executivo. Em entrevista ao jornal O Estado do Maranhão, ele disse que a Resolução que ditará as regras da eleição só será criada depois que a governador Roseana Sarney renunciar ao cargo.
O que é que tem a ver os alhos com os bugalhos? A saída de Roseana Sarney do cargo é uma incógnita. Por um lado a maioria dos observadores aposta que ela não ficará sem mandato, nesse caso deverá renunciar para ser candidata. Por outro lado há uma corrente pequena que afirma já ter Roseana decidido permanecer no Palácio dos Leões até o último dia de seu mandato como governadora, isso para conduzir a eleição do seu candidato Luis Fernando.
Qual a razão para Arnaldo Melo dizer que os deputados só poderão legislar depois da renúncia de Roseana? É de frustrar qualquer pequeno cidadão que esteja aprendendo no Ensino Médio que “os poderes são independentes e harmônicos entre si”, como disposto no segundo artigo da Constituição Federal.
O argumento de Arnaldo Melo, para defender a submissão do Poder que preside, é o de que a discussão do assunto, se feita agora,  irá criar desgaste desnecessário pois haverá opiniões divergentes.
Pergunta-se: depois da renúncia da governadora, caso venha a ocorrer, não haverá opiniões divergentes? Aí sim é que haverá, pois estarão os nobres deputados, cada um com mais sede de poder do que o outro. 

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