sábado, 24 de dezembro de 2011

Ex-PM acusado de envolvimento no plano para matar Sebastião Uchoa sofre atentado

Washington Luís Caires foi atingido por três tiros na noite de quarta-feira (21)

O ex-policial militar Washington Luís Caires Nascimento, de 54 anos, sofreu uma tentativa de homicídio na noite de quarta-feira (21), no Bairro da Macaúba. Ele é apontado como um dos supostos contratados para executar o superintendente de Polícia Civil da Capital, delegado Sebastião Uchoa.
De acordo com o livro de registro do posto da Polícia Militar, do Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão 1), a vítima deu entrada naquela casa de saúde por volta das 20h35, após ter sido baleada por quatro homens encapuzados, que estavam dentro de um veículo Palio, cor preta, sem placa. O atentado aconteceu por volta das 19h, numa esquina próxima à Praça da Macaúba.
Washington foi atingido por três tiros, sendo um na coxa esquerda, um na virilha esquerda e outro no abdômen. Ele chegou ao Socorrão 1, em estado gravíssimo e foi levado imediatamente para o Centro Cirúrgico. Na manhã de ontem (22), às 5h, passou por um procedimento cirúrgico e depois foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde até a noite de ontem estava em estado grave. No episódio, Maria do Socorro Celestino Lima, de 48 anos, que estava próxima ao Comércio do Rener, no Belira, foi atingida com um tiro na região lombar, e também deu entrada no Socorrão 1. Ela foi medicada e liberada.
Pretocó ameaçado – O terceiro sargento PM aposentado José Ribamar Costa, conhecido como 'Pretocó', de 45 anos, conversou com a equipe de reportagem do Jornal Pequeno. Mas pediu para não ter sua imagem divulgada, a fim de que não prejudicasse sua vida profissional, por realizar serviço de segurança particular para algumas pessoas importantes da capital maranhense.
Pretocó contou que, desde a divulgação de que ele e Washington teriam sido contratados para executar o superintende Sebastião Uchoa, a sua vida mudou, e começou a receber ameaças de morte. 'A minha vida mudou depois dessa história, e venho recebendo ameaças de morte. Esses homens que atiraram em Washington estão desde terça-feira (21) pedindo informações da gente e agora aconteceu isso. Não sei quem inventou esse boato de eu ter sido contratado para matar o superintendente de Polícia Civil. Isso não aconteceu; eu e Washington não somos bandidos, somos pais de família', desabafou.
Pretocó não quis dar palpites de quem poderia ter tentado contra a vida de Washington Luís. 'Não posso atribuir a autoria a ninguém, mas tenho algumas informações de quem possa ser, no entanto não posso revelar. Esse problema vai ser investigado e os responsáveis serão descobertos', disse.
O policial reformado contou que não sente medo e que vai permanecer na cidade. 'Estou me sentindo ameaçado e ao mesmo tempo não tenho medo. Mesmo assim não vou sair da cidade, meu advogado está tomando as providências necessárias', afirmou.
Na final da manhã de ontem, Pretocó foi chamado para prestar depoimento na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). Ele conversou por cerca de 2h, com o delegado Roberto Mauro Silva Larrat, mas não quis revelar o que foi tratado. A tentativa de homicídio está sendo investigada pelo delegado Joviano Furtado.
Plano para matar Uchoa – De acordo com informações da SPCC, o plano para executar o delegado Sebastião Uchoa teria sido descoberto pelo Serviço de Inteligência da Polícia Civil, no início do mês passado. De acordo com as investigações, o crime deveria custar R$ 150 mil e teria sido encomendado pelo corretor Elias Orlando e pelo vereador 'Júnior do Mojó', 42; sendo que, entre os executores contratados, estariam Ribamar Costa e Washington. No entanto, no dia 10 de dezembro, eles procuraram o JP para se defenderem das acusações e informaram que nunca foram procurados pelos suspeitos de serem os mandantes do crime.
Os militares disseram trabalhar juntos, fazendo vigilância de residências e que possuem endereço fixo, não havendo necessidade para o envolvimento dos dois com a 'bandidagem'.
Segundo o superintendente Sebastião Uchoa, a motivação para a trama seria o fato de ele estar conduzindo as investigações que apuram o assassinato que teve como vítima o empresário Marggion Lanyere Ferreira Andrade, de 45 anos, ocorrido no dia 14 de outubro, deste ano. Marggion foi morto pelo seu caseiro, Roubert Sousa dos Santos, o 'Louro', 19; pelo ex-presidiário Alex Nascimento de Sousa, 23, e por um adolescente de 15 anos. Eles foram presos e apontaram o corretor e o vereador como sendo os mandantes do crime.
jornal pequeno

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