segunda-feira, 3 de junho de 2013

Aged prorroga Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa

A II Etapa da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa, que terminaria nesta sexta-feira (31), foi prorrogada pela Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) para até o dia 10 de junho. O prazo foi estendido em consequência da dificuldade dos criadores em adquirirem as vacinas nas revendas agropecuárias. Após o término da campanha, as vacinas somente poderão ser comercializadas mediante apresentação de autorização emitida pelas Unidades Veterinárias Locais e Escritórios de Atendimento à Comunidade da Aged.
Além de ganhar um prazo de mais 10 dias para vacinar o seu rebanho, o criador maranhense terá até o dia 17 de junho para comprovar a vacinação nos escritórios do órgão onde sua propriedade é cadastrada. É preciso que ele leve a nota fiscal de compra da vacina.
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O diretor geral da Aged, Fernando Lima, explicou que já foi enviado um ofício para a Central de Selagem de Vacinas, que é administrada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), solicitando que priorizassem a quantidade de vacinas enviadas para o Maranhão, tendo em vista que a demanda não está sendo atendida. “Acreditamos que o prazo seja suficiente para abastecimento das revendas agropecuárias e, também, para manter o excelente índice de cobertura vacinal alcançado nas últimas campanhas”, avaliou Fernando Lima.

Até esta quarta-feira (29), já foram comercializadas 6.837.350 doses de vacinas no Maranhão. No entanto, o estado comercializa o medicamento também para os criadores do Tocantins e Pará, que já adquiriram cerca de dois milhões de doses de vacinas.
Com a imunização de 97% do rebanho maranhense de bovinos e bubalinos na campanha de vacinação, realizada em novembro de 2011, o estado bateu o recorde do índice de vacinação dos últimos 10 anos.
O mesmo percentual de vacinação foi alcançado em junho e julho de 2012. Em novembro e dezembro do mesmo ano, o índice de cobertura vacinal foi de 96,38%, considerando excelente, levando em consideração a estiagem que atingiu o Maranhão, dificultando o manejo dos animais.
Zona Livre
Os criadores maranhenses vivem a expectativa do Maranhão ser classificado nacionalmente pelo Mapa, em junho deste ano, como Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação. A classificação internacional, emitida pela Organização Internacional de Episotias (OIE) está prevista para acontecer no primeiro semestre de 2014.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cláudio Azevedo, ressaltou que esse novo status sanitário é fruto de um intenso trabalho do Governo do Estado, que realizou uma série de ações para atender todos os critérios estabelecidos pelo Mapa. “O Maranhão foi o estado que atingiu a melhor nota na auditoria realizada em oito estados que pleiteiam a nova classificação e fomos o primeiro a concluir a sorologia do rebanho, que constatou a inexistência de circulação do vírus da aftosa”, exemplificou Cláudio Azevedo. “Fizemos a nossa parte. Agora é a vez do Ministério assinar a portaria da nova classificação”, acrescentou ele.
Além do Maranhão, a nova classificação vai valer também para os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Pará, que, juntos, possuem um rebanho de aproximadamente 22 milhões de animais.
De acordo com dados da Aged, o rebanho maranhense de bovídeos é de 7.480.370 animais, representando o segundo maior rebanho de bovinos do Nordeste e o terceiro de bubalinos do Brasil.
O Maranhão possui 81.747 propriedades rurais que exploram a pecuária bovina e/ou bubalina, com predominância de gado de corte, mas que ao longo dos últimos anos vêm se destacando também pela produção leiteira, produzindo cerca de 360 milhões de litros de leite por ano.

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