Começaram a ser ouvidos pela Justiça, nesta segunda-feira (3), no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau, os acusados de tramarem a morte do jornalista e blogueiro Décio Sá. Nesta manhã, foi ouvido o agiota Gláucio Alencar Pontes Carvalho, de 35 anos.
Às 9h25, o juiz Márcio Castro Brandão, da 1ª vara do júri de São luís, iniciou o interrogatório com Gláucio Alencar, acusado de formação de quadrilha por crimes de agiotagem e por ser mandante do crime em questão. O acusado negou qualquer participação no crime do jornalista, afirmando nunca ter visto Johnathan da Silva Sousa, assassino confesso do crime.
“Não sei por que estão me acusando deste crime. Fui incriminado porque o Johnatan citou meu nome em seu depoimento, o meu e o do Cutrim”, afirmou Gláucio ao juiz, quando questionado sobre incriminação dos fatos.
Sobre o relacionamento com Decio Sá, Gláucio afirmou que o conheceu três anos antes de sua morte e que tinham amigos em comum. Além disso, teria almoçado duas vezes com Décio por conta do seu advogado, Ronaldo Ribeiro, ser amigo dele também. Durante um destes encontros, Gláucio afirmou que pediu para Décio Sá retirar um comentário de leitor a um post de seu blog, que citava o nome dele em relação a agiotagem, e que ele não deu nada em troca para o jornalista.
O acusado comentou ainda, que durante um almoço na casa do advogado Ronaldo Ribeiro, ele teria pedido que Gláucio ajudasse Décio, pois devido a uma chuva, houve um problema na sua casa e o muro teria caído e Gláucio afirmou ter ajudado com 15 mil reais, sem pedir nada em troca.
O primeiro acusado a ser ouvido nesta semana que procedem as audiências, Gláucio Alencar, falou sobre seu contato com os policiais civis Alcides Nunes e Joel Durans e também sobre seu contato com o “Júnior Bolinha.”
Gláucio nega qualquer participação dos crimes contra Décio Sá, Fábio Brasil e crimes de agiotagem. Ele afirma que o único imóvel que tem é um apartamento, localizado na ponta do Farol e que sua renda mensal, com as duas empresas que possui é de 15 mil reais, mas que as vezes compra e vende carros e imóveis e que este trabalho lhe rende de 30 a 100 mil reais, mas que não é um dinheiro certo.
O depoimento de Gláucio deve continuar na tarde desta segunda-feira (3), com o interrogatório do promotor Luis Carlos Duarte e dos advogados dos outros acusados. O pai dele, José de Alencar Miranda Carvalho, deve ser ouvido ainda hoje, após o término do depoimento de Gláucio Alencar.
(Com informações do Imirante)
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