Uma
boa notícia para os especialistas em precatórios! O ministro Teori
Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o relaxamento da
prisão do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, do doleiro
Alberto Youssef e dos demais investigados na Operação Lava-Jato que
ainda estavam detidos.
O ministro também decidiu suspender os inquéritos relacionados à
operação e avocar para si os oito processos sobre o assunto que estavam
em tramitação na 13ª Vara Federal de Curitiba. Entre os investigados a
serem soltos está também Renê Luiz Pereira, suspeito de envolvimento
como tráfico internacional de cocaína.
Na tarde desta segunda-feira, Sérgio Moro enviou um ofício ao STF
pedindo esclarecimento sobre o alcance da decisão de Zavascki. O juiz
quer saber se a ordem de soltura expedida pelo ministro inclui também
Pereira.
As investigações apontaram supostos vínculos de Pereira com
carregamentos de 750 quilos de cocaína apreendidos em São Paulo e na
Espanha. No despacho em que mandou soltar Paulo Roberto Costa, Zavascki
determina o relaxamento dos demais presos, mas não cita os nomes dos
beneficiários da medida. O ministro diz também que os investigados só
deveriam ser soltos se não existirem ordens de prisão contra eles em
outras investigações sem relação com a Lava-Jato.
Ao todo, com a decisão de Zavascki 12 pessoas serão soltas. Paulo Roberto Costa deixou a prisão na tarde desta segunda-feira.
Zavascki decidiu suspender as investigações e soltar os acusados a
partir de uma reclamação do advogado Fernando Fernandes, responsável
pela defesa de Paulo Roberto Costa.
No
despacho, assinado no domingo, o ministro argumenta que o caso deve ser
remetido ao STF porque na investigação aparecem os nomes dos deputados
André Vargas (Sem partido-PR), Luiz Argôlo (SDD-BA) e Cândido Vaccarezza
(PT-SP). Para ele, cabe ao STF e não ao juiz da primeira instância
decidir se deve ou não desmembrar os processos.
“O plenário desta Suprema Corte mais de uma vez decidiu
que é de ser tido afrontoso à competência do STF o ato da autoridade
reclamada que desmembrou o inquérito, deslocando o julgamento do
parlamentar e prosseguindo quanto aos demais”, escreveu o ministro num despacho de oito laudas.
No mesmo despacho, Zavascki diz que a tendência recente do STF é
desmembrar investigações complexas. Processos relacionados a autoridades
com foro são julgadas em tribunais superiores, no caso específico de
deputados federais, no STF. Cidadãos comuns são investigados e julgados
em processos oficiados pela primeira instância do Judiciário.
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