Gustavo Arruda / Imirante.com
SÃO PAULO – Apesar de ter conquistado a sua primeira vitória em casa diante do Luverdense e colocado um ponto final na crise que estava atravessando, o time do Sampaio Corrêa ainda sentia um incômodo: nos últimos jogos do Campeonato Brasileiro Série B, o time maranhense teve atuações de destaque, mas não conseguiu transformar a sua superioridade em uma vitória convincente. Nesta terça-feira (27), entretanto, a história foi outra: em jogo válido pela oitava rodada da Segundona, a Bolívia Querida ignorou a pressão do Canindé e o frio de São Paulo para vencer a Portuguesa por 4 a 1.
Mesmo como visitante, o Sampaio Corrêa se impôs desde os primeiros minutos de partida. Logo aos três minutos, o volante Uilliam Corrêa fez uma grande jogada individual, passou pela marcação da Portuguesa e arriscou de fora da área, abrindo o placar em São Paulo. Depois disso, foi a vez de Márcio Diogo aparecer pelo Bolivão, dando uma assistência na medida para Pimentinha marcar o segundo gol e deixando a sua marca logo no primeiro minuto da etapa final. A Lusa ainda assustou com Serginho, que marcou de pênalti, mas Edgar aproveitou a jogada individual de Waldir para fechar a goleada.
O resultado consolidou o Sampaio Corrêa como uma das melhores campanhas da Segundona. Além de ter conquistado duas vitórias seguidas pela primeira vez na competição, o time maranhense chegou a 11 pontos em sete partidas disputadas e já acumula uma invencibilidade de três partidas. Rebaixada na última temporada por causa de uma escalação irregular, a Portuguesa segue seu calvário na Série B: com apenas cinco pontos, a Lusa ocupa a penúltima posição na tabela, com uma campanha melhor apenas que a do Vila Nova (GO).
O confronto no Canindé foi o último do Sampaio Corrêa como visitante antes da pausa para a Copa do Mundo. A partir de agora, o Tubarão terá três jogos seguidos no estádio Castelão, sendo o primeiro deles neste sábado (31), contra o Ceará, às 16h20. No mesmo dia, a Portuguesa tentará sua recuperação fora de casa, contra o Vasco, em Volta Redonda.
O jogo
Pouco depois que a bola começou a rolar no Canindé, o Sampaio Corrêa aproveitou um descuido da Portuguesa para surpreender e abrir o placar: Uilliam Corrêa recebeu a bola no campo de defesa tricolor, avançou, deu um drible no volante Rudnei e chutou forte, de perna esquerda, no canto direito do goleiro Tom. Um golaço. Com a vantagem obtida logo aos três minutos, o time maranhense aproveitou o nervosismo da Lusa e chegou com perigo logo depois, com Pimentinha cortando a defesa adversária e sofrendo falta na meia-lua da grande área. Na cobrança, William Simões cobrou forte, por cima do gol.
Após o susto, a Portuguesa passou a ter mais posse de bola e começou a incomodar a defesa do Sampaio Corrêa, principalmente com cruzamentos para a área e lances individuais do atacante Serginho. O camisa 9, inclusive, foi o responsável pela melhor chance da equipe paulista no primeiro tempo, ao fazer jogada individual pela esquerda e cruzar para a área, mas nenhum atleta da Lusa desviou para as redes. Bem na defesa, o Sampaio aproveitou para ampliar o placar: aos 30 minutos, Márcio Diogo fez bela jogada individual, passou por Wagner e deixou Pimentinha livre para fazer o seu primeiro gol desde que voltou à Bolívia Querida.
Mesmo com o domínio do jogo e a vantagem do placar, os atletas do Sampaio não reduziram o ritmo e seguiram com boas chances: aos 32 minutos, Márcio Diogo obrigou Tom a fazer uma bela defesa. Bem em campo, Pimentinha deixou William Simões na cara do gol pouco depois, mas o goleiro da Portuguesa salvou novamente a sua equipe. Sem espaços, o time do Canindé arriscou com o lateral Eduardo, mas o chute não ofereceu perigo a Rodrigo Ramos.
Sampaio define a goleada no Canindé
Assim como aconteceu no primeiro tempo, o Sampaio Corrêa mal esperou a etapa final ser iniciada para mostrar sua força: com apenas 57 segundos, Márcio Diogo arrancou, viu o goleiro Tom adiantado e bateu forte, por cima, sem chances para o camisa 1 da Portuguesa. Com as duas mãos na vitória, o Tubarão relaxou um pouco mais e apenas esperou a Lusa atacar para tentar alguma jogada no contragolpe, mas acabou tomando um susto: aos 15 minutos, Arnaldo cruzou para Laércio, mas o atacante desperdiçou a oportunidade de descontar para os paulistas.
Nervoso em campo, o time da Portuguesa mostrava muita desorganização e se rendeu ao forte poder de marcação do Sampaio, que aproveitou para criar novas chances. Em cobrança de falta, Waldir acertou a trave de Tom, enquanto Hiltinho e Márcio Diogo acabaram parando nas mãos do arqueiro da Lusa nas tentativas seguintes. Pressionada, a Lusa voltaria a assustar aos 30 minutos, com Laércio obrigando Rodrigo Ramos a fazer uma bela defesa.
Com o jogo se aproximando do final, a Portuguesa ganhou um alívio após Hiltinho cometer pênalti sobre Laércio e ser expulso. Na cobrança, aos 37 minutos, Serginho descontou e manteve as esperanças dos torcedores do Leão. As expectativas dos paulistas, porém, foi embora pouco depois: em uma jogada rápida, Waldir invadiu a área e deixou Edgar na cara do gol. Sem goleiro e com o zagueiro no chão, o camisa 20 definiu o placar no Canindé.
FICHA TÉCNICA
PORTUGUESA: Tom; Arnaldo, Luciano Castan, Wagner e Eduardo (Renan); Coutinho, Rudnei (Rondinelly), Gabriel Xavier e Allan Dias (Laércio); Caio e Serginho. T: Marcelo Veiga
SAMPAIO CORRÊA: Rodrigo Ramos; Hiltinho, Edimar, Paulo Sérgio e William Simões; Uilliam Corrêa, Eloir, Márcio Diogo (Arlindo Maracanã) e Válber (Waldir); Pimentinha (Edgar) e David Batista. T: Flávio Araújo
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