quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Lewandowski é eleito o novo presidente do Supremo Tribunal Federal

O ministro Ricardo Lewandowski foi eleito, na tarde desta quarta-feira (13/8), presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). A escolha mantém a tradição da Corte de eleger o mais antigo integrante que ainda não foi presidente. “Comprometo-me a honrar as tradições mais que seculares e também cumprir e fazer respeitar a liturgia desta Casa”, disse Lewandowski, agradecendo a confiança dos colegas.
A ministra Cármen Lúcia foi eleita vice-presidente. Ela deve ser a próxima a ocupar a presidência, depois dos dois anos de mandato de Lewandowski, de acordo com o mesmo critério de antiguidade. “Prometo ser uma vice mineira, ou seja, quase invisível”, brincou Cármen Lúcia, nascida em Minas, depois de ser eleita e também agradecer aos colegas pela escolha.
A votação para a presidência da Corte é secreta. Lewandowski recebeu nove votos e Cármen um. Tradicionalmente, o ministro que será escolhido vota em seu vice. Assim, o voto recebido pela ministra foi possivelmente dado por Lewandowski.

O presidente eleito recebeu os cumprimentos do ministro Celso de Mello, o mais antigo na Corte, que lhe desejou boa sorte. Também falou no plenário o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Côelho. Ele disse ter a certeza que Lewandowski manterá um “diálogo de alto nível entre as instituições”. Antecessor do novo presidente, o ministro Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho, tinha problemas de relacionamento com advogados.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, desejou sucesso ao novo presidente. E disse que espera “ uma condução serena e segura do Poder Judiciário brasileiro, que certamente aportará em porto seguro”.
BARBOSA
Lewandowski substitui o ministro Joaquim Barbosa, cuja aposentadoria voluntária foi publicada em 31 de julho. Aos 59 anos, Barbosa poderia ter continuado na Corte até os 70, idade na qual os ministros são aposentados compulsoriamente. Em sua última sessão na Corte, em 1º de julho, Barbosa disse que deixava o STF com “alma leve” e por “livre arbítrio”. Ele disse que já havia ficado 11 anos no Supremo e defendeu a renovação do tribunal.

Fonte: Correio Braziliense

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