sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Assassinos do policial morto em armadilha continuam foragidos

A polícia informou que alguns dos disparos partiram da própria arma do policial, tomada pelos bandidos.


Será sepultado nesta sexta-feira (27) o corpo de João Valentim Ferreira Filho, policial militar lotado em Dom Eliseu, no estado do Pará, que morreu por volta das 7h da manhã da última quarta-feira. Valentim foi vítima de armadilha quando saia com a esposa e um casal de amigos de uma casa noturna no bairro Bonsucesso, em Imperatriz, 1h30 da manhã de segunda-feira, 23. Ele foi espancado pelos assaltantes a socos, golpes de capacete e recebeu quatro tiros. A polícia informou que alguns dos disparos partiram da própria arma do policial, tomada pelos bandidos.

Segundo informações de um amigo da família, ao se aproximar da Escola CAIC, próximo ao local onde os amigos se divertiam, o PM e a esposa se depararam com duas mulheres brigando no meio da rua sem deixar espaço para trafego. “Ele (PM) parou a moto esperando elas deixarem o caminho para ele seguir, e foi atacado por um elemento com ‘capacetadas’ na cabeça e no corpo”, diz a testemunha. Após o ataque, Valetim teria sacado a arma, mas foi segurado por uma das mulheres que simulavam a briga, o que facilitou a fuga do primeiro bandido.

A testemunha afirma que, ao se livrar da mulher que o segurou pelas costas, o policial seguiu o agressor e, ao chegar ao local mais escuro da rua, foi recebido a tiros por outro elemento que teve a ajuda de um menor (a 5ª pessoa envolvida) para render e obrigar o PM a entregar a arma e deitar no chão. Os ladrões continuaram o espaçamento, levaram o soldado para outro canto mais deserto e fizeram vários disparos em direção à vítima. Em seguida correram levando o revólver e outros pertences. A Polícia Civil informou que pelo menos quatro disparos atingiram o PM, que foi levado ao Socorrão e no dia seguinte transferido para Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital particular, onde morreu na manhã de quarta-feira (25).

Polícia

Investigações feitas com base no depoimento da esposa da vítima, que presenciou toda a cena, apontaram um homem conhecido por Jadson como o autor do primeiro golpe de capacete, quando Valentim ainda estava na moto. Outro envolvido no caso, segundo a Polícia Civil, é o jovem identificado como Jhonny Wesley Silva Sousa, apontado pela Delegacia de Roubos e Furtos como o mentor do bando e um dos autores dos disparos. Testemunhas afirmam que Jhonny é esposo da mulher que segurou o PM pelas costas quando o soldado apontou a arma em direção a Jadson.

A Policia Civil conseguiu deter D.P.S, o 5º membro do grupo e também vistos pelos investigadores da Delegacia do Adolescente Infrator como o segundo responsável por parte dos tiros. O delegado responsável pela DAI, Rodrigues Neto, informou que D.P.S pode inclusive não ser menor de idade, mesmo assim mantém o investigado na Fundação da Criança e do Adolescente, FUNAC, até conseguir acesso ao seu registro de nascimento do envolvido, que é oriundo de Goiânia-GO. O delegado disse que durante o interrogatório realizado pela polícia, D.P.S preferiu ficar calado e aguarda para se pronunciar apenas na presença do juiz. A Delegacia Regional também investiga se o rapaz tem passagem pela polícia do Goiás.

O Corpo do PM José Valentim é velado no Parque São José. O sepultamento acontece hoje. Até o final dessa matéria a família não havia informado o horário nem o local do enterro. Valentim tinha 28 anos. Além da esposa, deixou o filho de 1 ano de idade.fonte jornal correio popular..

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