O Desembargador Marcelo Tavares, da Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça SUSPENDEU o despejo da senhora ODIENIA DINIZ moradora da Vila de Vinhais Velho, filha do senhor OLEGÁRIO DINIZ, herdeiros dos índios Tupinambás. O despejo da senhora ODINEIA DINIZ foi ordenado pelo Juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública, a pedido da Governadora Roseana Sarney.
O despejo estava previsto para ontem, sendo suspenso pela graça de Deus e sabedoria do Desembargador Marcelo Carvalho.
Quando os franceses comandados por Claude d’ Abeville aportaram na Ilha Grande dos Tupinambás,em 1612, a atual Vila Vinhais Velho era ocupada pelos índios Uçaguaba, da Nação Tupinambá, cujos vestígios arqueológicos datam de nove mil anos atrás, sendo edificada pelos índios e pelo francês David Migan a Igreja de São João Batista em 20 de outubro de 1612.
Quando os franceses comandados por Claude d’ Abeville aportaram na Ilha Grande dos Tupinambás,em 1612, a atual Vila Vinhais Velho era ocupada pelos índios Uçaguaba, da Nação Tupinambá, cujos vestígios arqueológicos datam de nove mil anos atrás, sendo edificada pelos índios e pelo francês David Migan a Igreja de São João Batista em 20 de outubro de 1612.
Em 1622, a aldeia Uçaguaba passou a se chamar Aldeia Doutrina pelos padres jesuitas Luis Figueira e Benedito Amodei.Em abril de 1757, no Governo Gonçalo Pereira Lobato de Sousa, a Aldeia Doutrina passou para o domínio dos frades da ordem de Santo Antônio com o nome de Aldeia São João dos Poções.
Em 1º de agosto de 1757 através de Resolução Regia, sendo Governador do Capitamnia do Maranhão Bernardo Bequimão, a Aldeia São João dos Poçoes foi elevada a Vila com o nome de Vila de Vinhais, sendo o seu primeiro pároco Antônio Felipe Ribeiro e em 20 de abril de 1835 a Vila de Vinhas Velho passou a pertencer à Frequesia da comarca da capital pela Lei Provincial No 07.
Na atual Vila de Vinhais Velho foi instalada a primeira missão jesuítica do Maranhão, constituídas de construções, porto, capelas, cemitério, casas dos padres, oficinas, olarias, fazendas de gado, engenhos de cana, armazéns, plantações e outras estruturas tradicionais.
Do ponto de vista histórico, Vinhais Velho é um SÍTIO ARQUEOLÓGICO, ocupado por REMANESCENTES DOS INDIOS UÇAGUABA, da NAÇÃO TUPINAMBÁS com grande importância histórica, sendo, portanto PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO nos termos dos artigos 20 e 216 da Constituição do Brasil, sendo preservado a IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA; o CEMITÉRIO, de 1690; o PORTO de embarque e desembarque, construído em 1960; a ESCOLA MUNICIPAL OLIVEIRA ROMA, da década de 1970; FONTES NATURAIS, RESERVAS NATURAIS de mangues, juçaras, ipês e outras.
Várias famílias da Vila de Vinhais Velho vivem da pesca, da extração do caranguejo, do extrativismo do caju, juçara, buriti e extração de essências de plantas naturais utilizadas como medicamentos, havendo perfeita harmonia social, cultural, religiosa e ambiental, o que contribui para inexistência de criminalidade na área, ocorrendo o último homicídio na área em 1986;
É este patrimônio histórico que a Governadora Roseana Sarney e o secretário Max Barros querem destruir com a famigerada Via Expressa, Via Depressa, Via Shopping ou Via Secreta. Vamos continuar lutando com a lei, o direito e a justiça.
Agradecemos o Tribunal de Justiça através do Desembargador Marcelo Carvalho, pela decisão justa e prudente de SUSPENDER o DESPEJO dos herdeiros dos nossos antepassados
São Luís(MA), 19 de janeiro de 2012
JUSTIÇA SE FAZ NA LUTA
ADVOGADA NÚBIA DUTRA
ADBOGADO FRED MARX
DEP. DOMINGOS DUTRA
ADBOGADO FRED MARX
DEP. DOMINGOS DUTRA
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