sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Reunião do PDT acaba em confusão

Baixaria e muita confusão na reunião do Diretório Estadual do PDT realizada ontem na sede da legenda, no Centro de São Luís. O encontro foi organizado pelos “históricos” da agremiação. O partido está acéfalo desde novembro passado quando venceu o mandato do presidente da comissão provisória estadual, Igor Lago.
Apoiado pelos “históricos”, o filho do ex-governador Jackson Lago (falecido em abril de 2011) disputa o comando da legenda com o ex-deputado Julião Amim. Amim conta com o apoio do deputado federal Weverton Rocha. Weverton é ligadíssimo ao presidente nacional e ex-ministro Carlos Lupi, de quem foi assessor especial.

Igor tenta se manter no comando do PDT
Segundo aliados de Igor, Weverton chegou na reunião com uma turma da pesada atrás de confusão. Durante discurso, o militante conhecido por “Mãozinha”, ligada ao deputado federal, fez discurso violento contra o ex-secretário municipal Moacir Feitosa.
Acusou Moacir de deixar o Diretório Municipal de São Luís, do qual era presidente, também acéfalo por não ter realizado a eleição da instância. Moacir reagiu, mas foi o filho dele, o advogado Robert Feitosa, quem tomou as dores do pai.
Robert chamou “Mãozinha” de “moleque” e os dois começaram a discutir. Houve um intenso bate-boca, empurra-empurra enquanto algumas cadeiras voavam pelo local onde estavam também os secretários Clodomir Paz (Trânsito), Julio França (Agricultura), o ex-ministro Edison Vidigal e a mulher dele, Eurídice Vidigal (ex-secretária de Segurança), a ex-primeira-dama Clay Lago, Maria Lúcia Teles e o ex-secretário João Francisco (Igualdade Racial), entre outros.
Antes da confusão Clay Lago já tinha saído em defesa do filho acusado pelo grupo de Weverton de não ser membro “histórico” da legenda por ter se filiado recentemente no PDT. Clay explicou que Igor é filiado no partido desde 1989.
Durante a reunião, o ex-deputado Rubem Brito propôs que tanto Igor quanto Julião Amim retirassem seus nomes da disputa interna em busca de uma terceira via de consenso, o que não foi aceito.
A briga acontece também porque no ano passado, durante a crise no Ministério do Trabalho que levou à demissão de Lupi, Igor se recusou a encampar a versão mentirosa de que teria sido o Diretório Estadual do PDT quem bancou uma viagem em agenda política do ministro, do ex-governador e do próprio Weverton pelo Maranhão. Por conta disso, ele caiu em “desgraça” com Lupi que agora trabalha pelo fortalecimento do ex-assessor Weverton.
Outro motivo da briga é o fato do grupo de Igor defender a candidatura própria à Prefeitura de São Luís e o de Weverton o alinhamento da legenda ao projeto de reeleição do prefeito João Castelo (PSDB).

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