As acusações contra o ex-deputado federal Talvane Albuquerque são "apenas ilações" e não existem provas que o vinculem ao assassinato de Ceci Cunha, segundo o advogado de defesa, Welton Roberto.
De acordo com ele, a acusação nunca buscou outros suspeitos.
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"Ele [Talvane] está apreensivo, mas tranquilo. Espera que o julgamento ocorra com imparcialidade, pois há muita pressão em Alagoas pela sua condenação", afirmou.
Para o advogado, o tribunal do júri pode ser anulado, pois dois recursos contra a decisão de submeter os réus a júri popular ainda não foram julgados.
Isso significa que o julgamento foi marcado sem que as possibilidades de recurso no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça tivessem se esgotado.
Ontem, no primeiro dia do julgamento, as testemunhas de acusação voltaram a dizer que Talvane foi o mandante do crime. A previsão é que o julgamento se estenda até sexta-feira.]
CASO
Ceci foi morta durante uma visita à casa de sua irmã, em Maceió, horas depois de ser diplomada deputada pela Justiça Eleitoral. Era o seu segundo mandato.
Ela, seu marido, Juvenal Cunha, o cunhado Iran Maranhão e a mãe dele, Ítala Maranhão, estavam sentados em frente à casa da família quando foram atingidos por pistoleiros. Todos morreram.
A deputada foi atingida por um tiro no pescoço. O episódio ficou conhecido em Maceió como a "chacina da gruta", em referência ao bairro onde ocorreu.
Primeiro suplente na coligação que elegeu Ceci Cunha na eleição de 1998, Talvane Albuquerque chegou a assumir a vaga, mas foi cassado pela Câmara dois meses depois por falta de decoro parlamentar.
Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal sob acusação de encomendar a morte da deputada. Ficou preso por um ano e, desde maio de 2000, aguarda julgamento em liberdade.
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