sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

"Vale a pena praticar crimes", lamenta promotor após condenação de Gil Rugai


O promotor do Ministério Público Rogério Zagallo, responsável pela acusação contra Gil Rugai, lamentou que o reú, apesar de condenado a quase 34 anos de prisão , tenha cumprido apenas pouco mais de dois anos de prisão e irá recorrer da sentença em liberdade.

Alice Vergueiro / Futura Press
Promotor Rogério Zagallo durante entrevista no primeiro dia do júri, em SP
"Esse é o legado desse julgamento. Nove anos de um processo para chegar a conclusão de que 'matei meu pai, matei minha madrasta, mas vou fica preso dois anos e meio'. Esse é o atual estágio da Justiça Criminal brasileira. Vale a pena praticar crimes", lamentou.
Zagallo também falou sobre a personalidade do réu, citado pelo juiz Adilson Paukoski Simoni na sentença como "dissimulado" e uma pessoa "extremamente perigosa".
"Eu já cansei de fazer acusações contra inúmeros bandidos, réus do PCC, traficantes, homicidas perigosos. Eu divido um carro com qualquer um deles, mas com o Gil Rugai eu não divido esse carro", afirmou.
Quem também lamentou a decisão do juiz, foi o assistente da acusação e advogado da família de Alessandra de Fátima Troitiño, Ubirajara Mangini. Segundo ele, a família desaprovou o fato de Gil Rugai não ser preso hoje. "Eles estão satisfeitos com a condenação, mas muito tristes por ele não sair preso. Eles não têm a filha com eles, mas a dona Maria Estela (mãe do Gil Rugai) vai estar com o seu filho em casa hoje."
O ex-seminarista foi condenado a 33 anos e 9 meses de prisão pelo duplo homicídio qualificado do pai, Luiz Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra de Fátima Triotino, em 2004. Apesar da condenação, ele saiu livre do Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, nesta sexta-feira.Ele vai responder em liberdade beneficiado por um recurso que tramita no Supremo Tribunal Federal. Réu primário, ele já aguardava o julgamento em liberdade.

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