sexta-feira, 7 de setembro de 2012

É a nossa, "seleção"zinha.


Hulk 450SERGIO BARZAGHI / Gazeta Press
Atacante Hulk salvou a seleção de uma vaia maior no Morumbi

Não foi nem de longe o show que a torcida esperava nesta sexta-feira (7), no Morumbi, em São Paulo (SP). Mais uma vez sem brilho, sem inspiração, a seleção brasileira ficou devendo no reencontro com seu torcedor depois de pouco mais de um ano por gramados europeus. Ainda assim, venceu a África do Sul por 1 a 0, mas não escapou das vaias vindas das arquibancadas. Hulk fez o gol da vitória. 

Sob os gritos de “burro”, “adeus Mano” e até mesmo “Neymar pipoqueiro”, o time agora embarca para Recife, onde na segunda-feira (10) enfrenta a também modesta China, no Arruda. A tendência é que Mano Menezes mantenha a mesma equipe a fim de ganhar entrosamento, claro, para a Copa das Confederações e Copa do Mundo. 

Mas a falta de identificação com a torcida não se deve apenas pela carência de estrelas de verdade. A seleção brasileira sequer entrou com a tradicional camisa canarinho e, todo de azul, não tinha a mesma inspiração de outros tempos - a África jogou com o uniforme verde-amarelo. O camisa 9 Leandro Damião precisou de seis minutos para ouvir a torcida pedir Luís Fabiano ou mesmo um atacante com um currículo um tanto mais respeitado. 

A pressão ficou ainda pior quando aos 21 minutos vieram as primeiras vaias e, em seguida, o grito de olé a cada vez que o adversário tocava na bola. Do outro lado, os comandados de Mano até chegavam ao ataque, mas faltava aquele toque de qualidade. Lucas e Ramires não se entendiam, enquanto Neymar se enrolava com os zagueiros e ficava no chão implorando a marcação da falta - o atacante ainda perdeu um gol na cara do goleiro Khune já no fim do primeiro tempo. Os africanos também tiveram uma boa chance com Gaxa. 

Mudanças 

Apenas no segundo tempo o Brasil se lançou mais ao ataque. Em compensação, abriu espaço para os africanos chutarem pelo menos três bolas com perigo no gol de Diego Alves. Enquanto isso, Neymar e o queridinho da torcida são-paulina Lucas tentavam resolver na individualidade. 

Mano então decidiu mexer no time. Colocou Paulinho, Jonas e Hulk, quem resolveu mesmo para o Brasil. O atacante havia substituído o criticado Leandro Damião aos 18 minutos da etapa complementar e aproveitou a sobra na área para soltar a bomba na perna esquerda e fazer a festa dos carentes 51 mil pagantes. 

Depois do gol aos 29 minutos, a seleção ainda criou mais algumas chances, mas parecia que aquele era o máximo que podia. Paulinho, que entrou no lugar do contestado Rômulo, pareceu ter tomado conta do meio-campo e ainda chegou bem ao ataque. 

Mas foi só. Mesmo depois de mais de um ano longe do seu torcedor, a seleção brasileira não deixou saudade com um magro 1 a 0 para cima da África do Sul
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